A pandemia da Covid-19 levou muita gente para dentro de casa, empresas a baixarem as portas e o impacto atingiu praticamente toda a população. Ainda assim, há quem sentiu o impacto de forma mais expressiva. No mercado, bares e restaurantes estão fechados para evitar aglomerações, enquanto escolas e universidades tentam se adaptar ao ensino virtual para continuar funcionando. No meio disso, outro segmento que registra mudanças no comportamento dos seus consumidores – e consequente perda nas vendas é o o setor de moda e acessórios.
O cenário rende piadas sobre quem está se arrumando para ficar em casa, para ir ao supermercado ou fazer reuniões virtuais. Por outro lado, precisamos falar sobre a situação do setor de moda e acessórios durante o período de isolamento em razão do coronavírus.
Para ajudar a entender o que esperar do setor de moda e acessórios em 2020 – e já no pós-crise, vamos olhar para os dados.
Veja agora o que descobrimos pesquisando o comportamento do consumidor durante a pandemia.
Impacto no setor de moda e acessórios durante a pandemia
Infelizmente, o setor de moda e acessórios está entre aqueles que mais foram impactados pelo coronavírus. Muitas marcas tentaram se reinventar e migrar para o marketing digital e para as vendas online com promoções agressivas, mas mesmo assim, o estrago é muito grande.
Assim, apenas 37% compraram roupas e acessórios durante o isolamento. Para fazer uma comparação, antes da pandemia 68% compravam roupas e acessórios pelo menos uma vez a cada 3 meses, sendo que 42% compravam pelo menos uma vez por mês.
Já entre as categorias de produtos mais compradas durante a pandemia estão blusas, camisetas, calças, bermuda, roupa íntima e meias.
Mudanças que o isolamento causou na relação com moda
O isolamento gerou uma série de mudanças e reflexões na forma como as pessoas se vestem. 52% sentem falta de vestir uma roupa diferente, mas 49% afirmam que vão sentir falta de passar o dia todo com roupas confortáveis depois que o isolamento acabar. Além disso, 32% acham que, depois que a quarentena terminar, provavelmente vão se vestir de uma forma diferente do que se vestiam antes.
58% sentem falta de passear no shopping, mesmo que só para ver vitrines e passear. Mas o dado mais interessante talvez seja que o isolamento fez 49% repensarem seu consumo de roupas, sapatos e acessórios. 48% arrumaram seus armários durante a pandemia e doaram roupas antigas.
O isolamento não impediu que 32% continuassem se arrumando, mesmo que para ficar em casa. Já para 43% a vida está um pouco mais chata. Essa é a parcela de pessoas que sentem falta de comprar roupa nova.
Onde o brasileiro está comprando roupas e acessórios
Entre os locais ou canais de compra mais utilizados, houve uma grande diferença. Se antes da pandemia 66% compravam em lojas de rua, agora esse número caiu para 22%. 60% compravam em lojas de departamento e 57% em lojas de shopping mas, agora, esses números despencaram para 16% e 7%. Já as lojas online cresceram de 44% para 53%.
E, quando perguntamos onde as pessoas pretendem comprar após a pandemia, percebemos também uma mudança significativa. Em primeiro lugar, 11% dos que costumavam fazer compras de roupas e acessórios não pretendem comprar mais nada este ano.
Ou seja, haverá uma diminuição significativa na demanda, provavelmente em decorrência tanto da diminuição de renda quanto do medo de contágio da doença. Mas, se olharmos o copo meio cheio, ainda temos 89% que pretendem comprar.
Como o setor pode se reerguer
Agora vamos também olhar para o futuro: quais são as perspectivas para o setor de moda e acessórios?
Quais medidas e ações de prevenção relacionadas à transmissão da covid-19 vão influenciar o consumidor na hora de escolher uma loja física?
Propusemos uma série de medidas e, dentre elas, as que mais influenciariam positivamente o consumidor seriam a higienização constante da loja, o uso obrigatório de máscara tanto pelos clientes quanto pelos funcionários e a disponibilidade de álcool em gel.
Limite de pessoas, ventilação do ambiente e controle de temperatura dos clientes também foram medidas bem aceitas. As medidas que menos gerariam impacto seriam receber apenas clientes com hora marcada e a proibição de trocas de roupas.
Sobre a pesquisa
A cada semana, entrevistamos mais de 2.000 consumidores de todas as regiões do país. Os resultados são compilados em uma série de pesquisas semanais sobre o impacto do coronavírus nos hábitos de compra e consumo.
Além de acompanhar alguns dados semanalmente para poder compará-los e identificar tendências, também trazemos temas e assuntos inéditos em todas as edições.
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