O que é Design Thinking e como utilizar no seu negócio para criar soluções melhores

Pedro D'Angelo
O que é Design Thinking e como utilizar no seu negócio para criar soluções melhores

Empresas e profissionais do século 21 estão dispostos, diariamente, à necessidade de inovar. Enquanto assistimos o surgimento de gigantes do mercado como Uber, AirBnb e tantas outras empresas que viraram cases de inovação, muito se perguntam: como chegar lá? E o caminho, é claro, passa por uma série de estratégias, ações, métodos e processos. Um deles, que pode e vai te ajudar a inovar mais fácil e rapidamente, é o Design Thinking.

Se você se interessa por processos inovadores ou busca novas formas de inovar como parte do seu trabalho, provavelmente já conhece esse termo. O Design Thinking já habita o ambiente das empresas há algum tempo e agora é hora de aprender mais sobre ele.

Veja o que é Design Thinking, como esse conceito surgiu e como aplicar nos negócios!

O que é Design Thinking? Como surgiu?

O Design Thinking surgiu originalmente como uma maneira de ensinar engenheiros como abordar problemas de forma criativa, como os designers são conhecidos por fazer.

Uma das primeiras pessoas a escrever sobre Design Thinking foi John E. Arnold, professor de engenharia mecânica na Universidade de Stanford. Em 1959, ele escreveu “Creative Engineering“, o texto que estabeleceu as quatro áreas do pensamento de design. A partir daí, o conceito começou a evoluir como uma “maneira de pensar“.

Posteriormente, com o surgimento da consultoria IDEO nos anos 90, o pensamento do design se tornou cada vez mais popular. Já no início do século 21, o Design Thinking começou a chegar com mais força ao mundo dos negócios.

Então, de fato, o que é o design thinking?

O Design Thinking é uma metodologia e um processo que busca resolver problemas complexos de uma maneira centrada no usuário. Ele se concentra em alcançar resultados práticos e soluções que são:

  • Tecnicamente viáveis: ou seja, podem ser transformadas no lançamento de novos produtos ou processos funcionais;
  • Economicamente viável: a empresa pode se dar ao luxo de implementá-los, tendo retorno sobre seus investimentos no processo;
  • Desejável para o usuário: pois as soluções precisam atender a uma real necessidade humana.

A ideia por trás do Design Thinking afirma que, para chegar a soluções inovadoras, é preciso adotar a mentalidade de um designer e abordar o problema sob a perspectiva do usuário.

Ao mesmo tempo, o Design Thinking também sai do campo das ideias e entra na prática. Mais do que enxergar soluções, o objetivo é transformar ideias em produtos ou processos tangíveis e testáveis o mais rápido possível.

Princípios do Design Thinking

Existem certos princípios que são fundamentais para o Design Thinking acontecer na prática.

Antes de entrarmos nas fases que compõem a execução do processo de Design Thinking, vale explicar o que norteia a metodologia:

1. Foco no usuário e empatia

O Design Thinking visa encontrar soluções que atendam às necessidades humanas e despertem feedback do usuário – positivamente, é claro. As pessoas, não a tecnologia, são os motores da inovação; portanto, uma parte essencial do processo envolve entrar no lugar do usuário e criar empatia genuína pelo seu público-alvo.

2. Colaboração

O objetivo do design thinking é reunir uma variedade diversificada de perspectivas e ideias. A inovação surge justamente daí: a colaboração entre pessoas com diferentes ideias, vindas de contextos distintos e cada uma com a sua contribuição particular.

Design Thinking incentiva a colaboração entre equipes heterogêneas e multidisciplinares, que nem sempre trabalhariam juntas.

3. Ideação

Lembre-se: o Design Thinking é uma estrutura baseada em soluções.

Por isso, o foco é bastante voltado para o surgimento de tantas ideias e possíveis soluções quanto for possível. A ideação é tanto um princípio quanto uma etapa da execução do processo de Design Thinking.

A etapa de ideação é uma zona livre de julgamento, como um brainstorm, onde os participantes são incentivados a se concentrar na quantidade de idaias, e não na qualidade.

4. Experimentação e iteração

Não se trata apenas de ter idaias. O Design Thinking deve transformá-las em protótipos, testá-los e fazer alterações com base no feedback do usuário.

O Design Thinking é uma abordagem iterativa; portanto, esteja preparado para repetir certas fases do processo à medida que você descobrir falhas nas versões iniciais da solução proposta.

5. Foco na ação

O Design Thinking é uma abordagem extremamente prática para a solução de problemas. O foco, além da discussão, é a ação.

Em vez de fazer hipóteses sobre o que seus usuários querem, o Design Thinking incentiva se envolver com eles pessoalmente. Em vez de falar sobre possíveis soluções, a ideia é que o processo resulte em protótipos tangíveis e que serão testados em contextos do mundo real.

Quais são as etapas do Design Thinking

A estrutura do design thinking pode ser dividida em três fases distintas: imersão, ideação e implementação.

Essa estrutura pode ser dividida em outras cinco etapas que compõem o processo de design thinking na prática:

  • Empatia
  • Definição
  • Idealização
  • Prototipagem
  • Testes

Embora essas etapas pareçam ser uma sequência lógica, é importante ressaltar que o Design Thinking não segue um processo estritamente linear. Em cada estágio do processo, é provável que você faça novas descobertas que exijam que você volte e reveja uma etapa anterior.

Agora, para entender melhor cada uma delas, veja detalhes de como funciona cada uma das fases do Design Thinking:

Empatia

Nessa primeira fase do processo, você vai se envolver e observar seu público-alvo.

O objetivo aqui é criar uma imagem clara de quem são seus usuários finais, quais desafios eles enfrentam e quais necessidades e expectativas devem ser atendidas.

Para criar empatia com o usuário, você vai realizar pesquisas, entrevistas e sessões de observação.

Definição do problema

Com base no que você aprendeu na fase de empatia, a próxima etapa é definir claramente o problema central.

Depois de coletar e analisar dados da fase anterior, você se concentrará nas necessidades do usuário e não nas da empresa. Uma boa declaração do problema é centrada no ser humano, ampla o suficiente para a criatividade, mas específica o suficiente para fornecer orientação e direção.

Idealização

Com uma declaração clara do problema em mente, agora você terá o máximo de ideias e soluções possíveis. A ideia é levantar o máximo de ideias possível, sem se preocupar com a qualidade delas.

Pode parecer absurdo, mas esse processo vai libertar sua criatividade e a possibilidade de inovar. A refinação dessas ideias virá adiante!

Prototipagem

Depois de filtrar suas ideias a algumas poucas, agora você as transforma em protótipos – ou versões “reduzidas” do produto ou conceito que você deseja testar. A prototipagem oferece algo tangível que pode ser testado em usuários reais. Isso é crucial para manter uma abordagem centrada no usuário.

O protótipo pode ser uma versão inicial do produto, um rascunho de um processo testável, ou até mesmo uma pesquisa de mercado. O resultado dessa etapa pode ser um questionário de pesquisa que apresente os conceitos da solução para os seus futuros usuários, por exemplo.

Testar

A quinta e última etapa fará você testar seus protótipos em usuários reais ou representativos do seu público.

A fase de teste permite que você veja onde seu protótipo funciona bem e onde ele precisa ser aprimorado. Com base no feedback do usuário, você pode fazer alterações e melhorias antes de gastar tempo e dinheiro desenvolvendo e/ou implementando sua solução.

Pesquisa de Mercado em Design Thinking

O Design Thinking surgiu como uma metodologia inovadora mas ela não funciona sem a colaboração de outras ferramentas, métodos e estratégias.

E claro, mais uma vez, coleta e análise de dados, assim como demais conceitos de pesquisa de mercado, vão ajudar muito no processo.

Definição do problema

Assim como nas pesquisas de mercado, comece com as principais partes interessadas para entender completamente o que exatamente elas querem aprender – e quais decisões e ações serão tomadas com essa aprendizagem. Por isso, não dá para começar se não for pela definição do problema.

Entenda o contexto

Sua solução vai servir a quem? E de quem forma?

Entender o contexto de quem utilizará o que você propõe é essencial. Não siga sem conhecer a fundo o seu público, o comportamento do consumidor e os hábitos de quem será impactado pela sua solução.

Testes, testes e mais testes

Ninguém pode se dar ao luxo de errar nos negócios, não é mesmo?

Por isso, testes como o que o Design Thinking propõe são tão importantes. Testar, experimentar e iterar devem ser palavras de ordem não só nesse processo específico, mas em todo o universo do seu negócio.

Essa regra vale para novos produtos, para lançar campanhas publicitárias, para avaliar abordagens de vendas e qualquer outra estratégia de negócio.

Faça sua pesquisa de mercado!

Para complementar este processo de desenvolvimento centrado no usuário, é essencial incorporar uma pesquisa de mercado abrangente para validar e refinar suas ideias. Com as soluções de pesquisa do Opinion Box, é possível uma compreensão mais profunda das necessidades do mercado e do público-alvo.

Ao combinar os princípios do Design Thinking com dados quantitativos obtidos através da pesquisa de mercado, as empresas podem garantir que suas soluções sejam verdadeiramente orientadas para as necessidades do cliente e tenham maior probabilidade de sucesso no mercado.

Não perca tempo, agende uma consulta com nossa equipe hoje mesmo e leve sua estratégia de inovação para o próximo nível! Estamos prontos para ajudar a sua empresa a desenvolver soluções que façam a diferença no mercado. Entre em contato com o nosso time agora mesmo para saber como podemos te ajudar!

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