É difícil imaginar como seria a nossa vida atualmente sem os aplicativos dos nossos celulares, não é mesmo? Cada vez mais, dependemos de aplicativos para usar o banco, fazer pagamentos, compras, pedir comida, nos comunicarmos com as pessoas e até mesmo para trabalharmos. Nesse sentido, mais uma vez fizemos nossa pesquisa sobre aplicativos no Brasil para entender como anda a relação do brasileiro com os seus apps.
E afinal, quais são os apps mais populares no Brasil? Quais são os aplicativos que não param de se popularizar nos smartphones dos brasileiros e quais vêm perdendo espaço?
Confira a seguir os principais destaques da pesquisa.
Uso de smartphones e aplicativos no Brasil
Ao longo dos últimos 8 anos, o Panorama Mobile Time/Opinion Box faz pesquisas semestrais sobre o uso de apps no Brasil, acompanhando as mudanças do comportamento do brasileiro no uso de smartphones, wearables e aplicativos móveis.
Dessa forma, a cada edição, parâmetros que indicam maturidade na utilização da tecnologia avançam um pouco mais. Na última pesquisa, por exemplo, percebemos que a estabilidade se manteve em relação aos aplicativos presentes nos celulares do brasileiro. Além disso, 98% dos usuários já baixaram e instalaram algum aplicativo em seus smartphones.
Nesse sentido, a proporção de brasileiros com smartphone que estão há mais de 30 dias sem instalar nenhum app foi de 17%. Além disso, 20% estão há mais de 30 dias sem desinstalar nenhum aplicativo.
Além disso, chama a atenção também que 63% já fizeram compras in-app, ou seja, já compraram produtos ou serviços dentro de um aplicativo no smartphone, como itens virtuais dentro de jogos, acesso a funcionalidades extras dentro de um app, download de algum conteúdo exclusivo, entre outros.
Outro dado que se destaca é sobre o uso de wearables, que não para de crescer. No último ano, a proporção de usuários brasileiros que possuem um relógio ou uma pulseira inteligentes saltou de 20% para 29%.
Pesquisa sobre aplicativos: quais são os mais populares nos smartphones dos brasileiros?
Nossa pesquisa sobre smartphones também analisa quais são os apps mais presentes na tela inicial dos celulares brasileiros.
O WhatsApp segue no topo do ranking: 54% dos usuários de smartphones têm o app na homescreen. No entanto, outros aplicativos continuam conquistando mais espaço.
O Instagram permanece em segundo lugar, com uma variação de 42% para 46% em seis meses, e o Facebook caiu para terceiro lugar, com uma queda de 42% para 34% em um ano. Será que a família Meta está sendo ameaçada?
A empresa que gerencia o Instagram, Facebook e WhatsApp vive um período de crise mundial. Somente no último trimestre de 2022, os lucros da empresa caíram 52% em relação ao mesmo período de 2021.
Além disso, para reduzir os gastos, a empresa realizou um layoff de 11.000 funcionários em novembro de 2022. O que será que está por vir?
O Telegram foi um dos aplicativos que mais conquistou a tela dos celulares dos brasileiros nos últimos 18 meses, saltando da vigésima para a décima, e agora para a quinta posição no ranking.
A disputa da telinha pelas plataformas sociais
O termo “rede social” surgiu há mais de dez anos atrás para se referir a plataformas como Orkut e Facebook, nas quais as pessoas criam perfis para interagir umas com as outras em ambiente online.
De lá para cá, surgiram vários outros serviços digitais que podem ser classificados como “redes sociais”, embora tenham propósitos, mecânicas de interação ou público-alvo diferentes. Alguns, aliás, preferem não ser rotulados como redes sociais. O Twitter, por exemplo, se autointitula como uma rede de microblogs. O LinkedIn é uma rede social, mas com foco específico no mercado de trabalho. E os novatos TikTok e Kwai preferem ser vistos como aplicativos para criação e distribuição de vídeos curtos.
Pela primeira vez, esta pesquisa compara a penetração dos apps de plataformas sociais na base brasileira de usuários de smartphones. Nesta primeira abordagem, listamos para monitoramento: Facebook, Instagram, Kwai, LinkedIn, TikTok e Twitter.
Confira como ficou o ranking da proporção de instalação de apps de plataformas sociais:
Como já era de se esperar, o Instagram ficou disparadamente em primeiro lugar, com 92%. Ainda assim, é notável o destaque do TikTok, que alcançou o terceiro lugar com 41%.
Queda de jogadores nos celulares brasileiros
Além disso, outra mudança de comportamento interessante que pudemos notar na pesquisa foi a grande queda de jogadores nos celulares brasileiros, algo que parecia estar em bastante ascensão.
Dessa forma, entre 2020 e 2022 houve uma queda de 18 pontos percentuais, de 66% para 48%, na proporção de brasileiros com smartphone que jogam games no dispositivo.
Nesse sentido, uma possível explicação pode estar na retomada gradual às ruas após o início da vacinação contra a covid-19, com outras opções de entretenimento. Além disso, houve um avanço do uso de serviços de streaming de filmes e séries, que competem pelo tempo livre das pessoas.
Filmes, música, podcasts e cursos sobem cada vez mais
A assinatura de serviços de streaming de filmes e séries para exibição em apps no smartphone cresce continuamente no Brasil. Dessa forma, em um ano, passou de 64% para 69% a proporção de brasileiros com smartphone que assinam alguma plataforma paga de filmes e séries.
Além disso, chama a atenção a assinatura de múltiplos serviços de streaming de filmes e séries simultaneamente: 67% dos usuários pagantes assinam duas ou mais plataformas de streaming. Neste mercado, o maior crescimento nos últimos 12 meses foi do Star+, passou de 6% para 14% a proporção de brasileiros com smartphone que assinam o Star+ entre aqueles que pagam por serviços de streaming.
Nesse sentido, a assinatura de streaming de música também subiu. Em um ano, passou de 37% para 41% a proporção de brasileiros com smartphone que pagam por esse serviço. Nesse sentido, o Spotify lidera com folga, tendo subido de 57% para 62% em um ano sua proporção de assinantes entre os brasileiros com smartphone que pagam por streaming de música.
