O Opinion Box está realizando uma série de pesquisas sobre o atual momento que o mundo está vivendo. A primeira pesquisa sobre a COVID-19 foi realizada entre os dias 25 e 27 de março com dados sobre diversos assuntos.
O objetivo da pesquisa era entender os impactos do novo coronavírus nos hábitos de compra e consumo. São muitos dados e insights extremamente relevantes para ajudar pessoas e empresas a entender esse momento de mudanças tão rápidas e profundas. Dessa forma, é possível tomar decisões mais rápidas e seguras e entender os impactos da pandemia no seu negócio, mercado e no comportamento do consumidor.
Um dos hábitos que mais foi impactado neste novo período foi a alimentação. Devido ao confinamento, as pessoas tiveram que se adaptar.
Vamos olhar com mais atenção esses dados e entender como eles impactam as empresas do setor alimentício de uma forma geral?
Pesquisa sobre a COVID-19: alimentação x ansiedade
Não faltam motivos para as pessoas ficarem mais preocupadas neste período. Seja com a própria saúde, com a crise mundial, com algum ente querido que está em grupo de risco ou trabalhando em situações de risco, com a sua situação econômica, com os filhos ou até mesmo com a ocupação do tempo.
Preocupação gera ansiedade, e é comum as pessoas descontarem o estresse na alimentação, especialmente com mais tempo ocioso como é o caso de muitos durante o confinamento.
De acordo com a pesquisa, 43% afirmam que estão comendo mais. Estes dados podem sim estar diretamente relacionado ao humor das pessoas neste período, já que 49% afirmam que estão mais entediados e 48% sentem que estão mais ansiosos.
Por outro lado, o tempo em casa trouxe novos hábitos interessantes. Um terço dos entrevistados passaram a cozinhar desde o início do confinamento. Este é um hábito interessante de ser adquirido, tanto para o bem-estar emocional quanto para os hábitos alimentares, uma boa forma de ocupar o tempo livre e também de economizar.
Comportamento de compra de alimentos durante o isolamento
As compras de supermercado foi um dos primeiros itens que causou preocupação logo que começaram as medidas de confinamento. Em casos extremos, há sempre uma preocupação com desabastecimento, o que leva a uma corrida aos supermercados e até à falta de alguns produtos.
Algumas capitais brasileiras impuseram decretos que proibiram restaurantes, lanchonetes e bares de funcionar. E os supermercados, querendo ou não, são pontos de muita circulação de pessoas. Com isso, as pessoas tiveram que se adaptar.
Das categorias de serviço que avaliamos na pesquisa, as compras de supermercado online e por delivery foram a que tiveram maior crescimento de usuários desde o início da pesquisa. Foi um crescimento líquido de 25% de usuários. Além disso, entre os usuários do serviço, 34% estão usando mais do que usavam antes da pandemia.
Esperava-se que os deliverys de restaurantes também disparassem. No entanto, o crescimento líquido foi de apenas 4%. Entre os usuários, 26% estão usando mais, mas há também 26% que está usando menos.
Vários fatores podem justificar esses resultados. O mais evidente é que as pessoas estão preocupadas com suas situações financeiras. 6 em cada 10 acham que sua renda vai diminuir e 47% estão preocupados que os gastos vão aumentar. Por isso, quem tinha costume de pedir delivery em casa pode ter parado para cortar gastos.
Além disso, muitos pediam comida no trabalho, e já vimos que as pessoas passaram a cozinhar mais. Por isso, muitos podem ter trocado o delivery na hora do almoço pelo fogão.
Por fim, há uma preocupação com a higienização, o que também pode ter feito algumas pessoas não usarem mais os aplicativos de entrega de comida.
O que a pesquisa sobre a COVID-19 nos conta sobre os hábitos alimentares
Como comentamos acima, há uma preocupação com abastecimento neste período e também uma tentativa de circular menos nas ruas. Assim, 17% estão estocando mais comidas em sua casa.
Provavelmente, quem tinha o costume de ir uma ou mais vezes por semana no supermercado, deve estar indo ou pedindo bem menos do que antes.
Preocupados com a transmissão do vírus, 39% adquiriram o hábito de higienizar os alimentos que chegam em sua residência. Aliás, a pesquisa mostra que os hábitos de higiene dos brasileiros melhoraram muito durante a pandemia. 43% estão mais atentos à sua higiene pessoal.
Por fim, o que mudou na geladeira dos brasileiros? 24% estão consumindo mais frutas, verduras e legumes. Pensando na praticidade, 23% estão comendo mais produtos congelados e 21% aumentaram o consumo de alimentos industrializados.
Com isso tudo, 21% acham que sua alimentação melhorou no período de confinamento, mas 20% acham que ela está pior.
Mais informações da pesquisa sobre a COVID-19
Este é apenas um pequeno recorte aprofundado da pesquisa sobre a COVID-19. Os dados completos você pode conferir no relatório completo, que fala sobre os prestadores de serviço, a qualidade dos serviços de internet e telefonia, categorias de produtos e serviços específicos e muito mais. Confira aqui o relatório completo sobre o impacto da COVID-19.
O Opinion Box está ajudando diversas empresas a entender as mudanças de hábito e comportamento causadas pela COVID-19. Estamos validando serviços, produtos e mudanças no negócio e ajudando diferentes mercado a se preparar para a retomada dos negócios. Se quiser saber como podemos te ajudar, agende uma consultoria gratuita com nossos especialistas de pesquisa de mercado.