O Brasileiro e seu Smartphone: pesquisa revela dados inéditos

Danielle Salgado
O Brasileiro e seu Smartphone: pesquisa revela dados inéditos

Que o celular se tornou um item praticamente indispensável no dia-a-dia das pessoas já não é novidade para ninguém. Mas como é a relação entre o brasileiro e seu smartphone?

Para entender melhor como os brasileiros vêm utilizando seus celulares, o Opinon Box e a Mobile Time se juntaram para realizar mais uma edição do Panorama Mobile Time/Opinion Box: O Brasileiro e seu Smartphone.

Confira a seguir os principais insights da pesquisa.

O Brasileiro e seu Smartphone: base envelhece e Apple ganha espaço com venda de usados

Considerando a definição de que um smartphone é um “celular com tela sensível ao toque e que permite a livre instalação e desinstalação de aplicativos pelo usuário”, 96% dos brasileiros com celular possuem um smartphone.

Nos últimos anos, esta pesquisa vem testemunhando um contínuo ganho de market share da Apple na base de smartphones em operação no Brasil. Isso é atribuído à durabilidade maior dos iPhones, que acabam alimentando o mercado de terminais usados.

Do ano passado para cá, a proporção com sistema operacional iOS subiu de 20% para 23%, enquanto o Android caiu de 79% para 76%.

A líder do mercado brasileiro continua sendo a Samsung, com 39% de market share sobre a base de smartphones em atividade no País. Entre os fabricantes Android, o único a apresentar crescimento de um ano para cá é a chinesa Xiaomi, embora dentro da margem de erro, passando de 13% para 14%. 

Os demais caíram, mas também com variações dentro da margem de erro: Samsung e Motorola perderam 1 ponto percentual cada e a LG, dois. A tendência desta última é desaparecer nos próximos anos, já que não fabrica mais smartphones.

O Brasileiro e seu Smartphone: 5G para quê?

53% dos brasileiros pretendem comprar um aparelho novo nos próximos 12 meses. A intenção é maior entre homens (57%) que entre mulheres (50%).

Não há diferença pela faixa etária: os três grupos monitorados nesta pesquisa apresentam a mesma proporção de intenção de compra de novo smartphone: 53%. Vale destacar a diferença por classe social: aqueles com menor renda são os mais interessados em trocar de aparelho nos próximos 12 meses.

É o que dizem 54% das pessoas das classes D e E e 53% daquelas na classe C. Enquanto isso, 49% dos brasileiros das classes A e B pretendem comprar um smartphone novo dentro de um ano. Porém, o que mais chama a atenção é o fato de a tecnologia 5G não estar entre os fatores que mais atraem o brasileiro para a compra de um smartphone novo.

A rede, que começou a ser implementada há um ano, está presente em todas as capitais e entrega uma velocidade dez vezes maior que o 4G. Mas apenas 4% dos brasileiros com smartphone afirmam que o 5G seria a principal funcionalidade que levariam em conta na compra de um aparelho novo.

À frente do 5G estão: capacidade de processamento (33%); memória (30%); duração de bateria (14%); e qualidade da câmera (14%). Vale destacar a diferença entre os gêneros. Nos homens, a capacidade de processamento (42%) é mais importante que a memória (23%), e a duração da bateria (15%) é mais relevante que a qualidade da câmera (11%).

O Brasileiro e seu Smartphone: e os celulares velhos?

Quando se compra um celular novo, nem sempre o anterior é revendido ou doado. Muitas vezes o aparelho fica guardado em casa, dentro de uma gaveta ou armário, como uma espécie de celular reserva.

É o que fazem 58% dos brasileiros assinantes de telefonia móvel. Dessa forma, cada uma dessas pessoas tem aproximadamente 1,1 aparelho antigo guardado em sua residência. Cruzando com dados do IBGE, isso significa que existem hoje aproximadamente 90 milhões de celulares velhos, mas que ainda funcionam, mantidos dentro das casas brasileiras.

Essa prática é mais comum entre as pessoas na faixa de 30 a 49 anos: 60% têm um celular velho guardado em casa. Entre os jovens de 16 a 29 anos o percentual é menor, mas não muito distante (56%), assim como entre aqueles com 50 anos ou mais (57%).

Não há diferença por renda familiar mensal quando comparadas as três faixas em que a pesquisa se divide: classes A e B, classe C, e classes D e E. Em todas elas, 58% dos entrevistados declaram ter algum celular velho guardado em casa.

A percepção de segurança com os celulares no transporte público

O medo de usar o celular fora de casa continua o mesmo de um ano atrás: 83% dos brasileiros evitam usar o aparelho em determinados locais públicos para evitar o risco de ser roubado.

No entanto, quando analisado o medo por tipo específico de lugar, nota-se que houve quedas significativas em quase todos, mas principalmente no transporte público.

Dentro dos trens, caiu de 30% para 22% a proporção dos brasileiros com medo de usar o celular. Nos ônibus, diminuiu de 55% para 48%. E no metrô, de 34% para 27%.

Atualmente, apenas 12% dos usuários de smartphone têm seguro contra roubo/ furto do seu aparelho, mesmo patamar de um ano atrás. Os mais precavidos, surpreendentemente, são os mais jovens: 16% do público de 16 a 29 anos têm esse seguro, ante 9% daqueles de 30 a 49 anos, e 11% daqueles de 50 anos ou mais.

E 41% têm algum app de rastreamento do celular. A proporção de brasileiros que já tiveram um celular roubado ou furtado permaneceu praticamente a mesma de um ano para cá: 31%, um ponto percentual a mais que na pesquisa anterior.

Quase dois terços dessas pessoas (65%) disseram que foram vítimas apenas uma vez. A grande maioria (72%) tiveram um celular roubado ou furtado pela última vez antes de 2021.

No Brasil, o roubo é mais comum que o furto de celular. Em 59% das vezes se trata de roubo – é o que indica a pesquisa quando pergunta às vítimas como foi a última ocorrência. Pouco mais da metade (54%) afirma que providenciou o boletim de ocorrência na delegacia de polícia. E 81% procuraram realizar remotamente o bloqueio do aparelho, ou do chip, ou dos dois. Apenas 30% tentaram rastrear o aparelho roubado/furtado.

O Brasileiro e seu Smartphone: sobre a pesquisa

A coleta da pesquisa O Brasileiro e seu Smartphone aconteceu entre 7 e 26 de junho de 2023. Foram entrevistados 2.085 brasileiros com acesso à internet e a margem de erro é de 2,1 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.

Por fim, gostou do tema e quer saber mais? Acesse agora a pesquisa completa com os dados na íntegra.

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