A questão das fake news vem ganhando cada vez mais destaque no Brasil e no mundo. Há quem atribua os resultados das eleições norte-americanas e francesas à disseminação de fake news. Exagero ou não, a preocupação com o impacto que ela pode ter nas eleições brasileiras já foi tema de discussão no TSE e nos principais veÃculos da imprensa nacional.
Um estudo realizado pelo jornal Folha de S. Paulo em fevereiro deste ano mostrou que, no mês anterior, páginas de notÃcias falsas engajaram cinco vezes mais do que as de jornalismo nas redes sociais.
O tema é delicado e requer atenção. Deve ser discutido com seriedade e combatido à exaustão, já que as fake news nada mais são do que a disseminação de notÃcias falsas. Por isso, o Opinion Box, em parceria com o Digitalks, realizou uma pesquisa para saber o que os brasileiros pensam sobre fake news. Veja a seguir os resultados:
Internet como fonte de informação
Não é segredo para ninguém que a internet assumiu o protagonismo como fonte de informação. 76% dos internautas brasileiros utilizam sites, blogs e portais como fonte de leitura, acompanhamento e compartilhamento de notÃcias, e 74% usam as redes sociais. A tÃtulo de comparação, a TV aberta é usada por 59%, o rádio por 33% e os jornais impressos por 23%.
7 em cada 10 entrevistados acreditam que a internet ajuda as pessoas a se informarem melhor, de uma forma geral. Por outro lado, 62% concordam que a internet contribui para espalhar informações falsas.
E as fake news?
65% dos entrevistados afirmam que sabem o que são fake news, e 18% já ouviram o termo mas não sabem o que significa.
Ainda assim, os internautas sabem também que as notÃcias falsas fazem parte do dia a dia. 37% dos internautas já compartilharam algo nas redes sociais ou no WhatsApp e depois descobriram que o conteúdo era falso. Destes, 57% apagaram o conteúdo e 29% desmentiram a informação.
E quando você se depara com um conteúdo fake na sua timeline, o que faz? 79% já perceberam que algum amigo ou parente havia compartilhado uma notÃcia falsa. Nesses casos, 46% avisaram a pessoa em particular sobre a falsidade do conteúdo, 38% comentaram na própria publicação e 15% não fizeram nada.
Além disso, 60% já teve contato com algum perfil fake. Destes, 61% denunciaram o perfil, 32% não fizeram nada e 7% entraram em contato pedindo que a pessoa deletasse o perfil.
Por fim, 8% admitiram já ter compartilhado uma fake news intencionalmente, seja por achar engraçado, porque gostaria que fosse verdade ou por não ter certeza absoluta de que era falsa.
Fake news e a confiabilidade nos meios
A questão da credibilidade das informações e dos veÃculos de comunicação em geral dividem opiniões. 33% dos entrevistados acham que as redes sociais têm mais notÃcias falsas do que verdadeiras, e 24% acham que têm mais notÃcias verdadeiras do que falsas.
34% concordam que a internet contribuiu para a queda da qualidade do jornalismo, mas 35% discordam dessa informação. E 29% acreditam que as informações divulgadas pelos meios de comunicação são confiáveis, enquanto a mesma parcela, 29%, acreditam que elas não são confiáveis.
Pensando especificamente em diferentes meios de comunicação, a TV é considerada um meio confiável por 60% dos internautas, e os jornais impressos e as revistas por 57%. 31% consideram os sites, redes sociais e blogs confiáveis, e apenas 16% confiam nas redes sociais.
Fake news: como combater
7 em cada 10 entrevistados acham que cada vez mais as pessoas têm compartilhado notÃcias falsas sem perceber. Por outro lado, ao falar de si mesmas, as pessoas se dizem muito atentas com a verificação do conteúdo. 8 em cada 10 afirmam que verificam as informações antes de postar em suas próprias redes sociais.
E de quem é a responsabilidade de verificar a veracidade de um conteúdo publicado? Aqui, as opiniões também divergem. 30% acham que a responsabilidade é de quem compartilha a notÃcia. 28% acham que a responsabilidade é do veÃculo que publica. Por fim, 25% acham que é das redes sociais onde as notÃcias são publicadas.
Informações técnicas sobre a pesquisa
A pesquisa sobre fake news foi realizada no inÃcio de março deste ano com 2.016 internautas de todas as regiões do Brasil. O nÃvel de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de 2,2pp.
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