Em todo o país, um dos primeiros setores a parar em razão da pandemia do coronavírus foi a educação. O motivo por trás disso é a óbvia aglomeração em salas de aula, mas também a possibilidade de crianças transmitirem mais facilmente o vírus para parentes mais velhos.
Mas no fim das contas, qual foi o impacto do coronavírus na educação?
A estimativa é que mais de 100 países estejam com aulas presenciais suspensas, o que significa milhões de alunos em casa – com ou sem a possibilidade de estudar remotamente. O impacto disso nos hábitos e nas percepções dos brasileiros é o que investigamos em mais uma edição da nossa pesquisa sobre o coronavírus.
Coronavírus na educação: situação da educação no Brasil em razão da pandemia
Desde o mês de março, instituições públicas e privadas estão totalmente fechadas na maior parte do território brasileiro.
A volta às aulas é incerta por todo o Brasil – e uma das questões que mais preocupam a sociedade. Primeiramente, ninguém gosta de ver crianças e jovens fora da escola. Em segundo lugar, enquanto as crianças não voltarem às aulas, é difícil também que os pais retomem totalmente suas atividades.
Na China, o berço do novo coronavírus, os alunos passaram 4 meses de férias e agora, aos poucos, voltam às salas de aula. Por, continuamos sem previsão, à medida que cada estado estuda formas de afrouxar as normas de isolamento.
No Brasil, segundo a Unesco, quase 53 milhões de alunos estão sendo afetados pelas medidas de quarentena. Assim como em outros países, parte das escolas privadas está oferecendo aulas online, mas a falta de recursos tecnológicos dificulta a adoção em larga escala do ensino a distância na rede pública.
Diante disso, como ficam alunos e pais? Qual é a expectativa para voltar, como estão enfrentando a pandemia e, enquanto consumidores, como lidam com o pagamento das mensalidades?
Nossa pesquisa conversou diretamente com os brasileiros para buscar a resposta dessas perguntas. Veja agora alguns resultados!
Impacto do coronavírus na forma de estudar
De acordo com a pesquisa, 29% dos entrevistados deixaram de estudar desde o início da pandemia e 16% passaram a fazer online o curso que antes faziam presencialmente.
Sobre as expectativas de retomar as aulas este ano, 42% acham que vão continuar ou voltar a ter o curso a distância até o fim do ano. Apenas 18% acreditam que as aulas presenciais vão voltar, e outros 18% acham que pode haver aulas presenciais e online. 11% acham que as aulas não voltam em 2020 e 11% não sabem dizer o que vai acontecer.
Entre as expectativas para o futuro, 27% dos acham que as aulas presenciais dos filhos ainda voltam este ano, 23% acreditam que o ano terminará apenas com aulas online e 23% acham que os filhos e dependentes terão aulas online e presenciais. 9% acreditam que as aulas não voltam este ano e 18% não sabem dizer o que vai acontecer.
O que querem para o futuro?
Mas o que eles gostariam que acontecesse? 33% dos alunos queriam voltar a ter aulas presenciais ainda em 2020.
Outros 31% preferiam ter aulas a distância, 17% gostariam de um modelo que misturasse aulas presenciais e a distância, 11% prefeririam que aulas não voltassem e 8% não sabem o que preferem.
Ao mesmo tempo, 41% dos pais gostariam que as aulas presenciais voltassem ainda este ano. 21% desejam um modelo que misture aulas presenciais e a distância, e 19% querem apenas aulas online. 13% prefeririam que os filhos não voltassem à escola até o fim do ano e 6% não sabem o que querem.
Pagamento de mensalidades durante a crise
Se os estudantes estão em casa e a boa parte das instituições de ensino não ministram normalmente as aulas, o que acontece com as mensalidades?
Pais e alunos da rede privada estão lidando de várias formas com esse ponto da crise do coronavírus na educação. Oficialmente, as notícias divergem. De acordo com o Procon-SP, deve ser oferecido um percentual de desconto na mensalidade escolar por parte das instituições.
Mas e na prática, como funciona o pagamento de mensalidades na pandemia?
Nossa pesquisa mostra que a maioria dos alunos segue pagando as mensalidades.
Entre aqueles que pagam os próprios estudos, 60% continuam pagando normalmente, 16% renegociaram os valores do curso ou os prazos de pagamento, 12% estão inadimplentes e 9% cancelaram ou trancaram o curso.
Já entre os pais que pagam a formação acadêmica para seus filhos ou dependentes, a situação é um pouco diferente. 61% continuam pagando normalmente, 24% renegociaram prazos e valores, 9% estão inadimplentes e 4% tiraram os filhos ou dependentes da escola.
Relatórios de pesquisa sobre a pandemia no Brasil
Os dados apresentados sobre o coronavírus na educação estão presentes na pesquisa sobre hábitos na pandemia no Brasil que realizamos.
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