Case de pesquisa de mercado: Opinion Box e a Inspiração

Roberta Assumpção (Autora convidada)
Case de pesquisa de mercado: Opinion Box e a Inspiração

Em meu trabalho, acredito que a inspiração possa estar em qualquer lugar: em um texto, um processo ou no comportamento de um cliente. Basta desvendá-la. E é isso que faço na TrendBoutique: pesquisas qualitativas e curadoria de conteúdo para desvendar quebra-cabeças das empresas a partir de dados encontrados na fala dos consumidores, em artigos, ou em uma experiência.

Para criar algo novo, o primeiro passo é investigar necessidades e oportunidades no mercado. É necessário estar próximo do cliente, ouvindo sua opinião, observando seu comportamento, com abertura e foco para capturar os insights que podem gerar grandes inovações.

Mas por que o nome TrendBoutique? Porque acredito que acompanhar as tendências é uma grande forma de inovar. Elas direcionam o pensamento, hábitos, comportamento, padrões e atitudes da nossa sociedade. Se as tendências são movimentos, estamos falando de algo dinâmico, que é não estanque e nem imutável. Ou seja, é um fenômeno que acontece na medida em que há o deslocamento de uma situação.

Bom, mas até agora não deu para entender o que o Opinion Box tem a ver com uma empresa de tendências… e eu te digo que: TUDO. Em meus trabalhos qualitativos, sempre senti falta de quantificar esses movimentos de maneira inovadora. No entanto, todas as soluções que busquei eram muito caras e demoravam muito, inviabilizando qualquer tipo de projeto. Ao me deparar com o Opinion Box e conhecer seus fundadores, vi imediatamente uma oportunidade de parceria (que sabia que seria duradoura).

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Toda a plataforma me encantou: a facilidade de criação de questionários, a rapidez impressionante da coleta e a entrega mastigada dos dados.

Recentemente, em uma pesquisa que a Trend desenvolveu para o site atualizeme.com, nos indagamos sobre o comportamento das pessoas com mais de 65 anos. A discussão sobre a terceira idade está em voga, com reportagens noticiando que o aumento da expectativa de vida fez surgir um novo perfil de veteranos. Esses senhores e senhoras são ativos, cheios de energia e vontade de viver. Nós os apelidamos, carinhosamente, de “jovens idosos” e fomos buscar como esse perfil de veteranos se comportava em Belo Horizonte.

Para isso, criamos uma metodologia para fazer uma verdadeira imersão nos hábitos dessa turma para entender a dicotomia do velho x idoso. E o que descobrimos?

Para começo de conversa, ser velho está apenas na idade, não na cabeça. 43% dos entrevistados não se consideram velhos ou idosos (ou seja, jovens?). 45% deles diz ter uma vida ativa, sendo que 65% reserva seu tempo para viagens e 55% para atividades gastronômicas.

Nossos jovens idosos são conectados: 86% utilizam computadores para se manterem informados em sites de notícias, 90% usa o Whatsapp, 91% fazem compras online. O Facebook é utilizado por 76% dos entrevistados para se manter informados sobre a vida de seus familiares e amigos.

Essa turma é ativa: 53% dizem ter feito um curso recentemente e 90% fariam um curso que fosse prático para suas vidas. Para o futuro? 28% deseja viver a vida intensamente.

Frase inspiradora não? Pois é. Lembra quando disse que minha empresa é movida a inspiração? Nada mais inspirador que os resultados dessa pesquisa que o OpinionBox me ajudou a desvendar.

* Roberta Assumpção é empresária, fundadora da Trendboutique e co-fundadora do site Atualizeme.

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