Qual deve ser o posicionamento de empresas diante de questões políticas e sociais? Elas devem se pronunciar, escolher lados, apoiar ou condenar posições publicamente? Descubra nos resultados da nossa pesquisa exclusiva!
A relação entre consumidores e empresas está cada vez mais próximas. Temos canais diversos para acompanhar e nos comunicarmos com as marcas, que têm investido bastante em estratégias de relacionamento com os clientes. Com essa relação mais direta, o que os consumidores esperam da comunicação das empresas?
Quando falamos de temas mais sensíveis, como política e causas sociais, o posicionamento das empresas é delicado.
Empresas que declaram apoio a alguma causa podem sofrer boicotes de pessoas que discordam, mas ao mesmo tempo podem impulsionar a popularidade e os negócios entre os que apoiam os mesmos ideais. E na opinião do consumidor, a tendência é de que as marcas têm se posicionado mais. 61% dos entrevistados avaliam que cada vez mais empresas estão se posicionando publicamente em causas políticas e sociais.
Para entender melhor o que os brasileiros pensam sobre o posicionamento de empresas em questões políticas e causas sociais, resolvemos falar diretamente com eles.
Veja os resultados da nossa pesquisa sobre a opinião do brasileiro sobre o posicionamento de empresas em relação à política e questões sociais.
Fidelidade e relacionamento com as marcas
Antes de abordar o posicionamento das marcas em questões sociais, vamos entender a relação do consumidor com elas.
64% dos consumidores se consideram fiéis a alguma marca. Isso não significa só que a empresa conseguiu fazer um bom trabalho para fidelizar clientes. Também significa que um grande número de pessoas acompanha de perto o que a empresa faz e fala. Por isso, a responsabilidade é grande.
Esses consumidores acompanham as empresas das quais são fiéis principalmente pelas internet. 73% dos consumidores dizem acompanhar empresas pelas redes sociais, sendo que 80% deles seguem as marcas no Instagram.
Os dados comprovam que a internet é realmente o principal canal para interagir com as marcas, o que significa que os debates que acontecem nas redes sociais acabam passando também por essa relação.
Marcas devem se posicionar?
Essa é a pergunta definitiva.
Toda marca quer saber se seus posicionamentos serão bem aceitos, se haverá rejeição ou se o público sequer vai se identificar com a posição.
Infelizmente, não adianta chegar até aqui achando que haverá uma resposta definitiva para essa pergunta.
De forma geral, a maioria dos consumidores aceita o posicionamento das marcas. 53% disseram que sentem falta das marcas se posicionarem mais publicamente. Apenas 16% discordaram dessa mesma afirmação.
Um número ainda mais positivo diz respeito à humanização das marcas. 73% afirmam que se sentem mais próximos de marcas mais humanas e que se preocupam com os problemas das pessoas.
Por fim, também é expressivo que 72% acham que o diálogo entre marcas, causas e consumidores deve ser mais estimulado.
Esses dados, ainda que favoráveis ao apoio das marcas à causas sociais e políticas, precisa ser analisado com mais cuidado. Afinal, que causas estão de fato relacionadas ao propósito da sua empresa?
Pesquisa Posicionamento de empresas e marcas – política e causas sociais
Quais causas devem ser abraçadas pelas empresas?
Nossa pesquisa investigou junto ao consumidor o que as marcas podem fazer e sobre quais assuntos se posicionar. Não existe um consenso sobre assuntos que devem ser pautas das empresas, mas alguns se sobressaem na opinião do consumidor.
Entre os 20 assuntos que listamos para os consumidores brasileiros, a pandemia do coronavírus foi o mais indicado para as marcas se posicionarem. 82% acham que as empresas devem se manifestar sobre cuidados com a pandemia.
Para as marcas, isso significa a chance de conquistar consumidores mais fiéis e uma imagem mais positiva. A forma de fazer isso pode variar. Que tal mostrar nos canais da empresa os cuidados que a empresa toma para evitar o contágio da pandemia? Mostre como estão cuidando dos funcionários, que ações têm feito junto à comunidade da empresa e o que mais puder para conscientizar o seu público.
Os consumidores são muito a favor das marcas se posicionarem sobre causas sociais e ações de combate à pandemia, mas se dividem quanto ao posicionamento político de empresas.
De forma geral, causas sociais são bem aceitas quando o assunto é o posicionamento de empresas publicamente. Mas quais seriam essas causas?
Expusemos ao consumidor 20 causas diferentes para que ele dissesse sobre quais as empresas devem falar. As que tiveram maior aceitação foram a educação; combate à fome e pobreza; e questões de saúde.
Além dessas três, as outras causas que compõem o ranking das mais bem aceitas são:
Como empresas podem se posicionar em questões políticas e sociais?
Os dados mostram que, no geral, as marcas têm mais a ganhar do que a perder ao se posicionar a favor de causas sociais que acreditam.
Se você conhece o seu público-alvo, pode escolher as causas que têm impacto positivo no mundo ao mesmo tempo que podem te aproximar dos seus consumidores.
Já o posicionamento político é mais delicado. Os brasileiros em geral não veem com bons olhos a associação entre políticos e empresas. Por isso, é preciso apoiar ideais políticos, e não só partidos ou pessoas, para deixar claro que não há nenhum tipo de oportunismo. Além disso, é importante ter em mente que há um risco associado e que parte dos seus consumidores pode não concordar ou aceitar.
Para entender esse risco, perguntamos ao consumidor o que eles fariam diante de certos posicionamentos.
Mais uma vez, o posicionamento político se mostra mais complicado, com maior possibilidade de boicote à marca que se posiciona contrária aos ideais do consumidor. Nas causas sociais, existe mais apoio, mas o cuidado ainda é recomendado diante dos riscos.
Sobre a pesquisa
A pesquisa sobre posicionamento de empresas foi realizada pelo Opinion Box em janeiro de 2021. Foram coletadas 2052 entrevistas com internautas de todo o Brasil, cadastrados no nosso Painel de Consumidores. A amostra da pesquisa é representativa do universo da internautas brasileiros, considerando a distribuição por sexo, faixa etária, classe social e regiões do Brasil. A margem de erro da pesquisa é de 2,2pp.
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