Quem faz, já fez, ou quer fazer pesquisa de mercado com certeza ouve falar bastante de alguns termos especiais desse universo. Margem de erro, intervalo de confiança, amostra da pesquisa, desk research e tantos outros são alguns dos mais comuns do mundo das pesquisas de mercado. E como nossa missão no Opinion Box é democratizar a pesquisa de mercado, queremos explicar o que há por trás de cada um deles, a importância de cada um e quando usá-los na prática.
Para este post, escolhemos falar de desk research, ou pesquisa de dados secundários. Venha aprender com a gente, então, tudo sobre esse tipo de pesquisa que, com certeza, você já faz.
Desk research: o que é e para que serve?
Desk research, ou pesquisa de dados secundários, é uma forma de levantamento de dados já disponíveis para consulta. Esse tipo de pesquisa pode ser feito de diversas formas, consultando e coletando dados existentes em fontes diversas.
Desk researches são utilizadas para estudos dos mais diversos. Isso porque uma desk research não exige recursos, já que usa dados já disponíveis pela internet e em meios impressos. Antes de nomear uma nova empresa, por exemplo, consultar a disponibilidade do nome desejado, em várias fontes, é uma forma de desk research. Analisar a opinião dos internautas nas redes sociais, perante certo assunto, ajuda a nortear uma campanha publicitária para divulgar algum produto, em outro exemplo.
Pesquisa de dados primários x Pesquisa de dados secundários
Simplificando a diferença entre os dois termos, podemos dizer que os dados primários são aqueles levantados sob demanda. São dados que ainda serão pesquisados pela primeira vez. Os resultados obtidos em uma pesquisa contratada com o Opinion Box, por exemplo, estão nessa categoria. Já os dados secundários, como expliquei, são dados que já existem, que foram descobertos por outras pessoas e estão disponíveis para consulta.
Desk research e pesquisa quantitativa
Desk researches podem ser usadas para os mais diversos fins, inclusive para complementar ou enriquecer a sua pesquisa quantitativa. Os dados secundários são muito utilizadas para embasar e dar o pontapé inicial em estudos maiores. Antes de contratar uma pesquisa de mercado online, por exemplo, vale utilizar de uma desk research para começar a levantar hipóteses sobre o estudo que fará.
Está com dúvidas sobre o público-alvo da pesquisa de mercado? A desk research ajuda também a obter mais informações sobre um segmento ou universo.
Além disso, na hora de analisar os dados da sua pesquisa, não se esqueça de recorrer a dados secundários para complementar a sua análise e enriquecer as informações apresentadas.
Desk research: pontos de atenção
Por outro lado, alguns pontos devem ser considerados antes de usar uma desk research como metodologia de pesquisa. O primeiro é a veracidade das informações que levantar. As redes sociais, por exemplo, podem ser fontes de levantamento de dados secundários, mas nem sempre elas trazem informações concretas e verdadeiras, que podem ser aproveitadas em um estudo mais abrangente. Já o site do IBGE, por exemplo, com seus materiais disponíveis para download, é uma fonte confiável e com credibilidade.
Por fim, sempre devemos lembrar que dados secundários podem não estar 100% de acordo com o objetivo do seu estudo. Antes de lançar um novo produto, por exemplo, não é recomendável utilizar apenas dados secundários sobre o público-alvo. Use-os para se embasar, mas lembre-se da importância de conhecer mais a fundo os hábitos de consumo, compra e o comportamento desse público.
Fontes de dados secundários para utilizar
IBGE e IPEA: o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o Instituto de Pesquisa Econômica aplicada são dois ótimos exemplos de bases de dados secundários. Tanto IBGE quanto IPEA são muito usados por trazerem informações confiáveis e relevantes, direto de fontes oficiais. Ambos têm diversos estudos e materiais para download e são recomendados para quem quer buscar dados de forma ampla sobre diversos setores do país.
Dados.Gov: o Portal Brasileiro de Dados Abertos traz informações sobre diversos órgãos do governo para consulta. Por lá é possível consultar dados abertos de organizações como BNDES, ANAC e Anatel. Para quem quer explorar mercados tomando como referência os grandes órgãos do governo, dá para tirar bastante informação relevante.
Redes sociais: sim, elas também estão nessa lista. As redes sociais são fonte de informações praticamente infinitas, em tempo real, e sobre praticamente qualquer assunto. Por elas é possível entender como as pessoas consomem conteúdo, como se relacionam com empresas e entre si, e muito mais. Com o devido cuidado, é possível fazer desk researches muito bem elaboradas com dados de social media.
Bancos de teses: bancos de teses e publicações acadêmicas também são uma ótima pedida. Valorizando o árduo trabalho dos acadêmicos, é muito bom consultar teses e dissertações disponíveis gratuitamente em bancos como o da CAPES e a biblioteca digital da USP.
Google Data Explorer: é claro que o Google ia aparecer por aqui, em algum momento, com uma ferramenta própria. A dica da vez é o Google Data Explorer, que permite buscar, analisar e visualizar (em diversos formatos) dados disponíveis sobre diversos temas, no mundo todo.
Resultados de pesquisa do Opinion Box
Não poderíamos deixar de citar, com muito orgulho, nossa página de Resultados de Pesquisa. Nessa seção do nosso blog nós trazemos resultados de pesquisas exclusivas realizadas pelo nosso time de especialistas. Todas as pesquisas disponíveis foram realizadas com nosso Painel de Respondentes, ou por meio dos nosso contatos e dos nossos parceiros. Confira lá as dezenas de resultados já disponíveis, em várias categorias. Sinta-se à vontade para usá-los como dados secundários para seus estudos. Cite o Opinion Box, espalhe a cultura de dados e conte com a gente para levantar os seus próprios dados!