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Pesquisa de mercado: 3 coisas que eu gostaria que tivessem me ensinado quando comecei

Pesquisa de mercado: 3 coisas que eu gostaria que tivessem me ensinado quando comecei

Posso fazer uma confissão? Quando comecei a trabalhar com pesquisa de mercado, imaginei que iria odiar. A primeira coisa que vinha a minha mente quando eu pensava em pesquisa de mercado era nos entrevistadores que interrompiam minha rotina com suas pranchetas ou por telefone. Não tinha como aquilo ser legal.

Surpreendentemente, em poucos meses já me vi perdidamente apaixonada pela pesquisa de mercado. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o processo que as respostas percorriam, desde aquele momento em que o entrevistador faz as perguntas para o entrevistado, até a apresentação de resultados para o cliente final ou para o grupo de diretores.

De perguntas relativamente simples, como por exemplo: “Quanto tempo faz que você comprou seu último smartphone?”, “Você costuma pedir delivery de comida?” ou “Qual nota você dá para o atendimento desta loja?”, são extraídas diversas informações extremamente valiosas, que serão utilizadas para tomadas de decisões que podem impactar profundamente uma empresa e seus consumidores.

Quando eu me dei conta de que, ao responder à pergunta “Você compraria este produto?”, os entrevistados estavam ajudando a decidir se aquele produto realmente chegaria às prateleiras, fiquei fascinada.

Pesquisa de mercado: do offline para o online

Ao entrar no mundo da pesquisa de mercado digital, em que tudo isso acontece de forma mais rápida e eficiente, minha paixão se tornou um verdadeiro caso de amor. Descobrir que pequenas e médias empresas poderiam tomar decisões com base em pesquisa de mercado, que um consultor ou analista de marketing poderia criar sua pesquisa sozinho, sem sair da frente do computador, e que as empresas poderiam ter respostas completas de pesquisa em menos de vinte e quatro horas, foi sensacional.

Por isso, toda vez que sento para escrever sobre pesquisa de mercado, tento me lembrar disso de como eu pensava antes de descobrir as vantagens, possibilidades e oportunidades que a pesquisa pode trazer. Só assim sinto que posso transmitir as minhas descobertas diretamente para cada leitor que chega até o blog do Opinion Box.

Então, hoje eu quero contar algumas coisas que eu aprendi nos últimos cinco anos, que eu preferiria que tivessem me ensinado assim que eu comecei a trabalhar com pesquisa de mercado. São dicas, reflexões e erros que podem levar você, leitor, a aprender mais rapidamente.

1.Pesquisa de mercado não se trata apenas de números

Para quem não sabe, eu sou jornalista. Bem, pelo menos essa foi a faculdade que eu fiz. E, como a grande maioria dos jornalistas, eu sempre achei que eu não gostava de matemática e que não entendia nada de números.

Esse foi um dos motivos que me fez acreditar que eu não gostaria de trabalhar com pesquisa de mercado. Mas a verdade é que pesquisa de mercado é muito mais do que números. Os dados são apenas um dos caminhos que a pesquisa de mercado utiliza para entender padrões e desvios.

No fim das contas, estamos falando de algo muito mais interessante: estamos falando de pessoas. Este é o desafio da pesquisa de mercado: entender o comportamento do consumidor. E isso, sim, é fascinante.

2. Você vai errar feio nos primeiros questionários que criar

Assim como quem está aprendendo a andar de bicicleta precisa saber que provavelmente vai cair mais cedo ou mais tarde, quem trabalha com pesquisa de mercado precisa saber que vai errar um questionário.

No entanto, existe uma regra fundamental para você não cometer erros: objetividade. Ao fazer um questionário, menos é mais. Por isso, quanto menos perguntas tiver no seu questionário, e quanto mais objetivas forem essas perguntas, maiores as chances de obter os resultados que você busca. Faça perguntas de forma direta, evite o uso de adjetivos e nunca aborde muitos assuntos diferentes em um mesmo questionário.

Por último, a dica essencial para evitar erros no questionário é testá-lo e pedir para alguém que não esteve envolvido no processo testá-lo também.

 

3. Você não sabe o que as pessoas pensam

É comum, ao criar uma pesquisa de mercado, acreditar que você conhece o público-alvo da sua pesquisa. Eu mesma já me vi dizendo muitas vezes: “Mas é claro que as pessoas sabem disso” ou “Não é possível que alguém concorde com aquilo”. E, ao ver os resultados da pesquisa, me surpreendi e percebi o quanto eu estava errada.

Constatações genéricas, do tipo “Mulheres costumam pensar assim” também precisam ser evitadas, a não ser que sejam feitas com base em resultados de pesquisas anteriores. A pesquisa de mercado serve justamente para fornecer dados e informações, por isso, deixe de lado suas suposições. Pergunte diretamente para os seus clientes o que eles pensam. Você pode se surpreender.

Além disso, é preciso entender que o seu entrevistado é, ou deveria ser, imparcial.  Ele não tem o mesmo envolvimento que você tem com a sua marca, ou não tem o mesmo ponto de vista que você sobre determinado assunto. Assim, é preciso evitar adjetivos ou palavras que exprimem alguma opinião. Além disso, busque sempre criar alternativas de respostas que cubram todos os cenários possíveis.

Concorda com as minhas dicas? E você, quais aprendizados já teve com a pesquisa de mercado? Conte para a gente nos comentários.

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