Lembra do último comercial que você viu? Ou da última marca que você comprou? Eles usam uma estratégia em comum: os arquétipos. Muito conhecidos no universo da psicologia, os arquétipos hoje estão presentes em todas as histórias que ouvimos. Quando são utilizados em estratégias de marketing, eles são capazes de ajudar a criar narrativas que emocionam, resultando em marcas mais autênticas, memoráveis e conectadas com os consumidores.
Vivemos em uma época em que contar histórias gera muito mais engajamento do que apenas lançar produtos e publicar conteúdos. Estamos saturados de informações o tempo todo, e utilizar arquétipos na comunicação é sinônimo de construir uma identidade que fica na memória e estabelece conexões emocionais.
Neste artigo, vamos explorar um pouco mais do universo dos arquétipos, sua origem, os 12 principais tipos e como aplicá-los para gerar resultados impactantes no seu negócio. Continue a leitura com a gente!
O que são arquétipos?
Os arquétipos são modelos psicológicos que representam padrões de comportamento e personalidade, aparecendo em mitos, histórias e experiências. Eles ajudam a criar histórias que atraem a atenção do público, além de gerar identificação. Eles funcionam como “personagens” em nosso inconsciente, influenciando o jeito como nós pensamos, sentimos e agimos.
Existem 12 principais arquétipos, e cada um deles possui padrões e comportamentos únicos, que ajudam a transmitir valores e propósitos de forma clara e consciente. No contexto de marketing, eles podem ser utilizados para moldar os atributos de um produto, ou até mesmo representar a personalidade que uma marca pode ter quando interage com o público.
Quando as marcas utilizam arquétipos em suas estratégias, elas estão se conectando com sentimentos muito mais profundos, que fazem com que elas sejam lembradas e queridas pelos clientes, pois os arquétipos têm o poder de tocar diretamente nas nossas emoções e necessidades mais básicas. Seja através de um comercial, nas redes sociais ou até no design do produto, os arquétipos servem como um “mapa” para entender e moldar a personalidade de uma marca de maneira mais estratégica.
A origem dos arquétipos
O conceito de arquétipo foi desenvolvido no século XX por Carl Jung, um psicólogo suíço que estudou profundamente o inconsciente humano. Em seus estudos, descobriu que em diferentes culturas e diferentes épocas, existiram histórias, mitos e símbolos semelhantes que apresentavam padrões no “inconsciente coletivo”. Os arquétipos são as representações desses padrões e são muito importantes para entendermos comportamentos e motivações.
Jung identificou inicialmente alguns arquétipos principais, como o Self, a Sombra, a Persona e a Anima/Animus. Mas foi em campos como a literatura, arte e marketing que desenvolveram os arquétipos em aplicações mais práticas. A ideia de aplicar os arquétipos ao marketing, por exemplo, surgiu a partir da necessidade que as empresas encontraram de construírem comunicações mais envolventes com os consumidores.
Os 12 principais tipos de arquétipos
Agora, vamos explorar mais a fundo os 12 arquétipos principais e como cada um deles pode ser utilizado para construir a personalidade de uma marca. Cada arquétipo traz uma energia única e pode ser usado de formas diferentes, dependendo da missão da marca e do público que deseja atingir.
Herói
O herói é um arquétipo ligado à coragem e superação de desafios. As marcas que utilizam o arquétipo do herói se posicionam como solucionadoras de problemas e inspiram os consumidores a vencer desafios. O herói representa uma figura que enfrenta obstáculos e se torna melhor com isso, servindo como exemplo de liderança.
Explorador
Este arquétipo está muito associado a aventuras, descobertas e busca pela liberdade. As marcas que adotam esse arquétipo despertam nos consumidores o desejo e a vontade de ter novas experiências, saindo de zonas de conforto. Esses arquétipos se conectam com pessoas que buscam viver de forma intensa e buscar o desconhecido.
Sábio
O sábio é o arquétipo que costuma representar a sabedoria e o conhecimento. O posicionamento de marcas que utilizam esse arquétipo se posicionam como especialistas em suas áreas e fontes confiáveis de informação. Esse arquétipo tem papel de educador e orientador, oferecendo informações detalhadas para a tomada de decisões.
Inocente
O arquétipo do inocente representa características como pureza, esperança e visões positivas. As marcas que utilizam este arquétipo costumam transmitir sensação de simplicidade e felicidade genuína, trazendo mensagens positivas e gerando bem-estar.
Cara comum
O cara comum representa a conexão e o pertencimento. As marcas que adotam esse arquétipo buscam transmitir autenticidade e proximidade. Ele valoriza a simplicidade e a inclusão, mostrando que qualquer pessoa pode fazer parte de algo maior sem precisar se destacar ou ser extraordinária.
Fora da lei
O fora da lei é um arquétipo ligado à rebeldia, quebra de padrões e desejo por mudanças. Marcas que se posicionam com esse arquétipo costumam desafiar o status quo, incentivando os consumidores a questionarem as regras e a buscarem novas formas de pensar e agir. Ele representa a transformação e a inconformidade, atraindo aqueles que querem se libertar do comum.
Amante
O arquétipo do amante está associado à paixão, desejo e conexões profundas. Marcas que seguem essa identidade transmitem um senso de prazer, sensorialidade e valorização da experiência. Seja no amor romântico, na amizade ou na apreciação de momentos especiais, esse arquétipo envolve os consumidores emocionalmente e os inspira a buscar relações significativas.
Mágico
O mágico representa a transformação, a imaginação e a capacidade de tornar o impossível em realidade. Marcas que utilizam esse arquétipo prometem experiências inovadoras e encantadoras, transportando os consumidores para um universo de possibilidades. Ele desperta a curiosidade ao oferecer soluções inesperadas e extraordinárias.
Bobo da corte
O bobo da corte é o arquétipo da diversão, espontaneidade e leveza. Marcas que seguem esse posicionamento buscam entreter, descontrair e trazer alegria ao dia a dia dos consumidores. Ele valoriza o humor e a irreverência, mostrando que a vida pode ser encarada de forma mais leve e descontraída.
Cuidador
O arquétipo do cuidador está ligado à empatia, proteção e altruísmo. Marcas que adotam esse arquétipo se posicionam como confiáveis e preocupadas com o bem-estar das pessoas, promovendo segurança e apoio. Ele representa o desejo de ajudar os outros e criar um ambiente acolhedor, despertando a sensação de cuidado e pertencimento.
Criador
O criador simboliza a originalidade, a inovação e a expressão artística. Marcas com esse arquétipo inspiram os consumidores a criarem, explorarem novas ideias e darem vida a sua imaginação. Ele valoriza a criatividade e incentiva a autenticidade, mostrando que todos têm o poder de construir algo único e significativo.
Governante
O governante está associado ao poder, à liderança e ao controle. Marcas que utilizam esse arquétipo transmitem autoridade, sofisticação e confiança, posicionando-se como referência em seus segmentos. Ele representa a estabilidade e a ordem, oferecendo aos consumidores a sensação de segurança e prestígio ao fazer parte de algo grandioso.
Como aplicar os arquétipos no marketing
Os arquétipos podem ser aplicados de diversas formas no marketing, desde a criação de campanhas publicitárias até o desenvolvimento de produtos e estratégias digitais.
A essência da marca é um dos principais pontos de aplicação dos arquétipos. O arquétipo escolhido influencia desde o tom de voz até a forma de interação com o público. Uma marca que adota o arquétipo do Sábio, por exemplo, pode investir em conteúdos educativos para reforçar sua autoridade, enquanto uma marca Exploradora pode incentivar experiências e aventuras.
Os arquétipos também ajudam a criar campanhas publicitárias mais impactantes, alinhando a narrativa ao perfil emocional do público. O arquétipo do Herói, por exemplo, é ideal para campanhas que destacam superação e conquista de objetivos.
Além disso, a presença da marca nas redes sociais pode ser guiada pelo arquétipo adotado. Marcas com o arquétipo do Bobo da Corte tendem a se comunicar de forma mais humorística e sarcástica, enquanto aquelas com o arquétipo do Fora-da-Lei se comunicam com um tom mais irreverente e provocador.
Sua estratégia com arquétipos está sendo lembrada pelos consumidores?
Quando os arquétipos são bem aplicados, eles aumentam a conexão emocional com o público e campanhas publicitárias geram maior recall. Criar campanhas impactantes é essencial, mas será que o público se lembra das suas?
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