No fim de abril o Brasil completou 40 dias desde o início das medidas de isolamento social na maior parte do território nacional. Desde o início desse período tão conturbado, muita coisa mudou. Os casos de Covid-19 seguem crescendo, enquanto o país tenta se adaptar à nova realidade e, claro, o impacto nos hábitos dos brasileiros segue crescendo e provocando mudanças.
Para entender melhor esse cenário, a nossa ideia é ouvir diretamente os consumidores brasileiros.
Toda semana, O Opinion Box entrevista mais de 2 mil pessoas de todo o país em menos de 48 horas e trazendo em todas as edições novas perguntas e temas explorados. Tudo isso para ajudar empresas e pessoas a entender melhor a situação e se preparar para lidar com os negócios tanto durante o isolamento quanto depois que tudo isso acabar.
Veja agora alguns dos destaques e análises da última edição da pesquisa, coletada entre 22 e 24 de abril:
Impacto financeiro da pandemia
O principal aspecto do impacto financeiro da pandemia é o índice de desemprego que não para de crescer.
Nesta edição, vimos o desemprego atingir a maior taxa entre os respondentes até o momento: 3 em cada 10 afirmaram que estão desempregados. E, como já era de se esperar, as classes CDE são as mais impactadas: 35% dos entrevistados com renda familiar até 5 salários mínimos estão desempregados. Nas classes AB, por outro lado, este número cai para 11%.
É importante destacar que, apesar das classes AB terem índices muito mais baixos, elas também vêm sendo impactadas. Apenas para comparação, antes da pandemia 6% estavam desempregados e, na segunda onda, coletada entre osdias 1 e 3 de abril, era 8%.
É triste notar que 57% deixaram de comprar itens não essenciais na quarentena. Enquanto isso, 29% deixaram de pagar alguma conta ou dívida nesse período, provavelmente motivados pela queda na renda e o aumento no desemprego – além da insegurança em geral.
Para remediar a situação, 18% precisaram pegar dinheiro emprestado com amigos. 13% ainda optaram por pegar dinheiro com instituições financeiras, seja empréstimos, cheque especial, crédito rotativo etc.
Dados sobre o isolamento social
O percentual de pessoas que estão em isolamento total ou parcial vem se mantendo estável a cada semana. 20%
estão em isolamento total, 58% estão em isolamento social, ou seja, saindo apenas para atividades essenciais, e 17% evitam aglomerações e locais públicos, mas continuam se encontrando com amigos e familiares.
A grande mudança da semana passada para esta, no entanto, é o percentual de pessoas usando máscaras. O número de pessoas que estão usando máscaras todas as vezes que saem na rua aumentou de 30% para 46%, e aqueles que nunca usam máscaras caiu de 27% para 13%.
As pessoas também se mostraram um pouco menos otimistas em relação ao fim da quarentena. Se há uma semana 10% achavam que o isolamento social no Brasil poderia terminar no fim de abril, agora este número caiu para 5%.
30% acham que vai terminar no fim de maio, 27% acham que vai até o fim de junho, 13% imaginam que dura até o fim de julho e 25% acham que seguiremos isolados até o fim de agosto ou depois.
Consumo de produtos e itens essenciais
Além do impacto financeiro da pandemia, a forma como compramos e consumimos produtos segue mudando.
Alimentação ainda é a categoria que representa o maior aumento de gastos. 49% começaram ou aumentaram seus gastos com comida. E, com as pessoas passando mais tempo em casa devido as confinamento, as contas de água e luz também
tiveram um grande impacto: 46% sentiram um aumento nesses dois itens.
36% também tiveram um aumento nos gastos de internet. Esse número pode ser impulsionado tanto pelos profissionais em home office quanto pelo maior consumo de vídeos. Como vimos em edições anteriores, o uso de serviços de streaming pagos e gratuitos cresceram muito, assim como os encontros entre amigos e familiares em chamadas de vídeo.
Relatórios de pesquisa sobre a pandemia no Brasil
Os dados apresentados aqui são algumas das descobertas da última pesquisa sobre hábitos na pandemia no Brasil que realizamos.
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Como acompanhar o impacto da pandemia e o comportamento do consumidor
Como as pesquisas sobre o comportamento do consumidor mostram, os hábitos de consumo estão sempre sujeitos a mudanças. E isso não acontece apenas em situações extremas. No dia a dia mais comum dos consumidores é possível que um ou outro fator transforma a forma como compramos e consumimos produtos.
Acompanhar isso é a missão das empresas que querem entregar exatamente o que o consumidor precisa. E para entender como os hábitos de consumo funcionam e se transforma, a pesquisa de mercado vai fazer toda a diferença.
As pesquisas de hábitos de consumo servem para apoiar empreendedores em suas decisões, fornecendo dados e insights que vão potencializar qualquer ação realizada em um negócio.
As perguntas de uma pesquisa de hábitos de consumo procuram entender como os consumidores agem, os fatores que influenciam suas decisões de compra, o que, quando e onde eles costumam comprar seus produtos, e muito mais. Veja mais sobre para que serve e como fazer uma pesquisa de hábitos de consumo.
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