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Opinion Box Pesquisa: o brasileiro e as crises

Opinion Box Pesquisa: o brasileiro e as crises

2015 foi um ano conturbado no cenário político e econômico no Brasil. Começamos o ano com uma forte crise hídrica na região sudeste, tivemos vaias, panelaços e manifestações contra o governo Dilma, vivenciamos retração na economia, alta do dólar e uma sequência de escândalos políticos que culminaram recentemente na prisão inédita de um senador em exercício. Mas como a população está enxergando este cenário de crises?

O Opinion Box, em parceria com a Expertise, realizou uma pesquisa com 1.477 internautas acima de 16 anos de 408 cidades de todos os estados e de todas as classes sociais para entender como os brasileiros avaliam o cenário atual e enxergam as diferentes crises que estamos vivendo. Os resultados são alarmantes: 72% acreditam que o país piorou nos últimos 10 anos, 63% não acreditam que o país vai melhorar nos próximos 10 anos e apenas 29% acham que o Brasil é um bom lugar para se viver.

Crise? Que crise?

A pesquisa apresentou cinco possíveis crises para os entrevistados: crise política, crise econômica, crise de recursos naturais (água e energia), crise ética e moral e crise social. Em cada uma delas, menos de 5% afirmaram que a crise não existia. 89% consideraram a crise política grave e 86% afirmaram que a crise econômica é grave.

Com relação ao prazo para a solução da crise, os brasileiros não estão nada otimistas. 37% acham que a crise política nunca terá uma solução e 34% pensam o mesmo sobre a crise moral e ética.

Preocupado, decepcionado e revoltado

Esses três adjetivos representam o sentimento de 3 em cada 4 entrevistados. Apresentamos uma lista com nove adjetivos, sendo quatro positivos, quatro negativos e um neutro, e pedimos para que eles selecionassem aquele que melhor descrevesse a sensação de cada um com o momento atual do país.

33% estão preocupados, 22% estão decepcionados e 21% estão revoltados. Apenas 8% estão esperançosos, 6% estão confiantes e 2% estão despreocupados.

Economia

A crise econômica é a que mais chama a atenção da população. 44% afirmaram que esta é a crise mais grave de todas. 60% disseram que ela já afetou muito a sua vida.

Para equilibrar o orçamento durante esse período, 66% das pessoas afirmaram ter mudado os locais onde realizam suas compras em busca de promoções ou melhores preços; 59% admitiram ter deixado de consumir determinados produtos e serviços para reduzir as despesas; 57% efetuaram troca de marcas por outras similares; 55% optaram por fazer cortes no orçamento pessoal/familiar; 44% adiaram a compra de um bem de valor que estava programado; 37% buscaram uma fonte de renda adicional; 35% cancelaram planos de viagens e 31% renegociaram valores de serviços como internet, telefonia, aluguel e serviços domésticos. Além disso, 37% buscaram uma fonte de renda adicional. Apenas 4% dos entrevistados não tomaram nenhuma medida para equilibrar o orçamento e 6% mencionaram ter adotado outros comportamentos.

Política

23% acreditam que a crise política é a crise mais grave. E quais os moticos para o país estar nessa situação? 59% acreditam que a corrupção é a maior causa do momento que estamos vivendo, 21% afirmaram que é má gestão e 10% responderam impunidade. Além disso, 59% não acreditam que os políticos que estão no poder têm capacidade de resolver a crise política.

Criando uma situação hipotética, em que fosse possível trocar todos os políticos que estão hoje no poder, 75% dos entrevistados entendem que, mesmo assim, a crise política não se resolveria. 41% acham que não resolveria pois o problema não está nas pessoas, mas no sistema político brasileiro como um todo. Por outro lado, 25% acham que, se essa situação fosse possível, a crise política estaria resolvida.

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O que fazer?

A pesquisa quis entender também como a população imagina que pode contribuir para ajudar o país a enfrentar as diferentes crises que estamos vivendo. 69% dos respondentes entendem que isso será possível por meio do voto consciente e 35% acreditam que contribuir com informações e discussões em fóruns e redes sociais é um bom caminho. 25% pretendem convocar ou participar de manifestações e 23% querem acompanhar e se comunicar ativamente com os políticos eleitos. 5% das pessoas, no entanto, não pretendem fazer nada. E você, o que pretende fazer?

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